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Tudo começa com um rapaz qualquer, que se casa com uma mulher qualquer, vai morar em um lugar qualquer para viver uma vida qualquer. Eis que um dia, o casal tem um filho, o primeiro filho, o homem que o pai sempre sonhou. Muito feliz com o acontecimento, ele resolve dar uma festa e chamar todos os vizinhos para comemorar o seu nascimento.
Alguns anos se passaram e o filho fez dois anos, já sabia falar e era motivo de orgulho do pai. No dia do seu aniversário, o pai resolveu perguntar ao seu filho o que ele queria de presente.
- Meu filho, diz ao teu pai aqui o que queres de prenda aniversário, um carrinho, um boneco?
- Pai, eu quero uma bolinha amarela.
- Mas filho isso não é uma prenda muito pequena? Para quê que queres uma bolinha amarela?
- Eu quero pai!
O pai não concordou com o que o filho queria e decidiu-lhe dar um carrinho.
Quatro anos passaram e o filho tinha entretanto entrou para a escola e o pai babado resolveu dar um presente ao filho para assinalar a ocasião.
- Filho, como entraste na escolinha, o papá vai dar-te um grande presente, o que queres receber?
- Pai, eu quero uma bolinha amarela.
- Mas filho, novamente essa história? Para quê que queres uma bolinha amarela?
- Eu quero pai!
O filho não respondia e o pai contrariava, sempre dava um presente diferente do que o seu filho queria.
O tempo voou e se passaram doze anos, o filho já tinha entrado na faculdade e calouro que é calouro é o orgulho a toda a família. Mais uma vez, o pai queria dar um presente ao filho pelo feito.
- Meu filho, agora que entraste na faculdade, precisas de uma grande recompensa pelos teus estudos, vais querer um carro de presente não é?
- Pai, eu quero uma bolinha amarela.
- Filho esquece a bolinha amarela, estás grande demais para isso! Responde-me, para quê que queres uma bolinha amarela?
- Eu quero pai!
O pai, muito irritado, não aceitava de forma nenhuma essa teimosia do filho em querer uma bolinha amarela e ofereceu-lhe o carro. Um ano depois, o filho sofre um acidente de carro e fica em estado terminal, sem possibilidade de recuperação.
A família, muito triste, comparece aos últimos momentos dele no hospital. Como último desejo, o filho pede que chamem o pai para terem uma conversa a sós.
- Pai quero dizer-te que te dececionei várias vezes, mas que me arrependo muito disso, perdoas-me?
O pai, muito emocionado, responde:
- Claro que sim meu filho, não há nada a perdoar, mas como última pergunta, porque é que me pedias sempre uma bolinha amarela no aniversário e quando te dava presentes?
O filho, nos seus últimos momentos de vida, resolve responder...
- Pai, nunca te contei por vergonha, mas sempre quis uma bolinha amarela porque...
Subitamente, o filho sofre uma paragem cardíaca e morre.
So long bolinha amarela!
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